domingo, 17 de junho de 2007



NUNCA MAIS COMO ANTES

Nunca mais o domingo terá aquele ar de festa.

Tão pouco lhe resta.

Nunca mais o cheiro de pão caseiro irá te inundar inteiro.

Nunca mais flores lhe chegarão às mãos vindas deliciosamente frescas,

recém apanhadas.

Nunca mais gostosas gargalhadas.

Nunca mais como antes.

Nunca mais a tralha de pesca precisará arrumar.

Nunca mais sua amada irá lhe convidar pra pescar.

Nunca mais...

Nunca mais caminhadas.

Nunca mais na areia as pegadas.

Nunca mais os abraços quentes.

Os beijos ferventes.

Nunca mais.

Tudo faz parte de um cenário de sonho.

Faz parte de um tempo morto. Enterrado.

Um tempo vivenciado.

E acabado.


Sonia M. Delsin

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