quarta-feira, 4 de julho de 2007



ME CHEGAS

Me chegas como quem vem do nada.

Acordo e fito a madrugada.

De olhos arregalados eu olho tudo.

O negrume.

Me chega um perfume.

De sândalo.

Duma terra distante daqui.

Tão distante.

Fico me aconchegando as cobertas.

Fico quietinha na noite tão minha.

Penso.

Com o pensamento viajo.

O perfume se faz mais forte.

O negrume some.

Estou num lugar tão claro.

Onde um sol ofusca minha visão.

Penso.

Como vim parar aqui?

Tudo isso é apenas e tão só uma ilusão?


Sonia M. Delsin


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