sábado, 7 de julho de 2007


DANÇANDO NA ÁGUA

Adoro nadar e adoro dançar.

Então por que não aproveitar?

Gosto de cumprir minhas metas e me comprometi comigo mesma a fazer mil metros toda vez que vou à piscina, mas depois...

Ah, depois eu me esbaldo.

Solto o corpo na água aquecida e esqueço da vida.

Danço com aquela massa d’água morninha.

Tão gostosinha.

Giro o corpo, mexo braços e pernas da maneira mais suave possível.

Minhas mãos então, são como fadazinhas trabalhadeiras.

Minhas nadadeiras...

Imagino que estou um balé.

Imagino não. Eu me sinto uma bailarina num grande salão.

Solto o corpo, solto, solto. Flutuo, danço...

Ah, como é bom ser livre, ah, como é bom ser este ser que sou!

Que tudo sente, que tudo sente em plenitude.

A dor pode ser mais doída para os sensíveis, mas a alegria atinge maiores dimensões.

Nós, os extremamente sensíveis, aproveitamos mais o viver.

Conseguimos tudo absorver.

Talvez quem me veja brincando na água não consiga imaginar o quanto estou a me deliciar.

Dançando na água sinto tanta alegria.

Pra mim a vida é isso. Pura poesia.


Sonia M. Delsin


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