terça-feira, 3 de julho de 2007



“Eterna viajante... Ser pensante”

Eu pertenço ao instante.

Pertenço ao momento flutuante.

Eu sou da vida a folha que o vento agita.

Sou a que grita.

Basta.

Basta, vento!

Basta tanto pensamento!

Mas pertenço ao instante e o grito some no abismo do vale.

Subo e alcanço um revoar de pássaros.

Pego carona no vácuo.

Sigo.

Me vejo em perigo.

Desço.

Jogada padeço.

É o instante.

Novamente o vento.

Me joga de encontro a uma parede.

Reclamo.

Me descubro.

Amo.

Amo as estrelas pálidas.

As ruas nuas.

A lua mansa.

Minha alma descansa.

Pronto. Estaciono.

Que nada.

Vem o vento.

Pertenço ao instante.

Sou eterna, eterna viajante.

Sonia M. Delsin



Nenhum comentário: