
“Eterna viajante... Ser pensante”
Eu pertenço ao instante.
Pertenço ao momento flutuante.
Eu sou da vida a folha que o vento agita.
Sou a que grita.
Basta.
Basta, vento!
Basta tanto pensamento!
Mas pertenço ao instante e o grito some no abismo do vale.
Subo e alcanço um revoar de pássaros.
Pego carona no vácuo.
Sigo.
Me vejo em perigo.
Desço.
Jogada padeço.
É o instante.
Novamente o vento.
Me joga de encontro a uma parede.
Reclamo.
Me descubro.
Amo.
Amo as estrelas pálidas.
As ruas nuas.
A lua mansa.
Minha alma descansa.
Pronto. Estaciono.
Que nada.
Vem o vento.
Pertenço ao instante.
Sou eterna, eterna viajante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário