terça-feira, 28 de agosto de 2007



NA MADRUGADA

Correm tuas mãos pequenas

nas minhas costas frágeis.

Correm teus dedos ágeis.

Em carinhos ousados eles correm.

Caminhos tão desejados percorrem.

Trocamos beijos apaixonados.

Ficamos agarrados.

A olhar o tempo eu estou.

O tempo que você me amou.

Assisto o tempo que se arrasta.

Que se afasta.

Na madrugada.

Nós...

Desatados os nós.

O que restou de nós?

Sou somente eu na madrugada a indagar?

Quem vai com esta sonhadora se preocupar?

Quem vai se interessar em respostas dar?

Na madrugada posso chorar... ou silenciar.

Que nada vai mudar.



Sonia M. Delsin



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