terça-feira, 4 de setembro de 2007


UM, DOIS, TRÊS

Um.

Dois.

Três.

Vou começar a contar outra vez.

Vou contar até dez ou mais.

O que não posso é cair em tentação jamais.

Beije as minhas coxas devagar.

Não existe pressa no amar.

Teus lábios lentamente a deslizar...

Quero que me cubra, mas de beijo.

Quero palavras sussurradas.

Quero mãos andando por minhas estradas.

Sim, pelas estradas do desejo.

Quero que me beije...

Estou buscando tua boca no vazio da hora.

Agora.

Estou ávida por tua boca.

Ávida por ti.

Num tempo nosso me encontro.

Um tempo que o céu permite.

Ainda que na solidão eu chore.

E no coração eu grite.


Sonia Maria Delsin


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