quarta-feira, 19 de dezembro de 2007





O MAIS PURO AMOR

Eu te entreguei flores colhidas nas manhãs...

Te entreguei assim com o mais puro amor.

Não pensei que haveria no meu caminho tamanha dor.

Eu te entreguei meus dias.

Meus risos, minhas alegrias.

E lágrimas correram.

Chorei por ti um tempo inteiro.

Era o tempo de cachoeira, de desaguar.

Meu coração parecia que ia arrebentar.

Que tempo duro aquele, era o um tempo de matar!

Aos poucos tudo tinha que se acabar.

Só que ainda não deixo de recordar...

Ficou lá no fundo de meu peito uma feridinha e ela de vez em quando se põe a sangrar.


SONIA MARIA DELSIN


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